Depois de algumas reuniões entre a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (Semob) e alguns empresários da avenida Afonso Pena, o projeto Via Livre foi reformulado. O arquiteto e urbanista Alexandre Abreu apresentou a planta da nova avenida à imprensa e lojistas no início da noite desta segunda-feira (27). Segundo o profissional, o projeto não foi pensado com imediatismo, mas sim, com possibilidades de futuras mudanças.“O estacionamento de 3,5 m na parte central permite que seja costruído um estacionamento subterrâneo posteriormente”, disse além de propor a criação de feiras de artesanato e antiguidades no espaço, durante os fins de semana. Além disso, quem caminha ou faz couper durante a manhã, terá mais segurança, de acordo com o arquiteto. “Poderão percorrer o estacionamento bem delimitado, ao invés de fazer isso no meio da rua”.
As calçadas pretendem garantir a mobilidade dos pedestres e receberão bancos.
Segurança
De acordo com o secretário da Semob, Kelps Lima, o número de assaltos nas vias em que o projeto vigora diminuiu pela metade.“Carros parados nas ruas atraem ladrões. Pessoas saindo dos carros e entrando nas lojas totalmente desprotegidas também”, argumenta que o projeto é necessário para a capital potiguar porque um trânsito deficiente também gera desemprego.“O maior encargo salarial é o vale transporte. Quanto maior o preço da passagem, maior o encargo e menor a empregabilidade”, começa a ligação entre os fatos. “O trânsito ruim gera mais gastos com combustívels e freios além de gerar mais estresse aos motoristas”, explica porque a passagem aumenta tanto na segunda menor capital do Brasil.
Além disso, o Via Livre é apresentado por Kelps Lima como uma medida pontual. “Não dá para fazer grandes obras viárias em Natal porque a cidade não tem dinheiro”, procura ser sincero ao mesmo tempo em que garante melhorias e humanização no trânsito.
E a exemplo da Secretaria de Transporte e Trânsito Urbano (STTU), que mudou para Semob; as paradas de ônibus se tornarão Estações de Embarque e Desembarque, tudo para mostrar que o foco é a mobilidade de pessoas e mercadorias em Natal.